Acabou meu trabalho aqui no júri do Festival de Cinema Ambiental. Resta fazer um debate hoje sobre a Rio+20 e completar um programa de tevê que estamos realizando sobre imagens e ecologia.
O prêmio maior foi dado a um filme chamado Paralelo 10, dirigido por Silvio Da Rin. Ele acompanha o sertanista José Carlos Meirelles e o antropólogo Terri de Aquino numa viagem pelo Acre até a fronteira com o Peru.
O filme trata da nova política, não tão nova assim porque foi formulada em 1987, de proteção a tripos indígenas ainda não contatadas.
O depoimento de Meirelles é franco, sem grandes ilusões. Ele acha que no futuro os índios acabarão sendo contatados e sofrerão as conseqüências que todos os outros já sofreram.
No entanto, defende a proteção atual porque acha que vale a pena preservá-los por algumas décadas, caso não se possa realizar o trabalha pela eternidade.
O filme alemão que mencionoi no blog de ontem ganhou o prémio de melhor longa. O melhor curta deveria ser passado no estado do Rio. Chama-se o Lamento de Yumen e conta a história de uma cidade chinesa que produzia petróleo e foi abandonada quando as reservas acabaram.
As imagens do abandono dos prédios e da desolação dos velhos e pobres deixados para trás são comoventes.
Continuo dando uma voltinha em Goiás. Aqui a culinária é muito valorizada. Não resisti, visualmente, a um prato de doces e fiz alguma imagens das ruas para transmitir o clima do Festival.
A razão de minha viagem é o debate e isto será feito hoje. Em seguida, arrumo a mala e volto para o Rio. Três dias fora são quase uma eternidade.
Comment
Você tinha que ter tirado mais fotos da gordinha florida (penúltima foto).
Fabulosa!