Eleições 2010

Começa hoje, na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, uma importante etapa da campanha: a consulta a todos que nos apóiam sobre o que esperam das eleições de 2010. Não é a única consulta que realizaremos. Nas viagens ao interior, perguntamos também sobre as aspirações regionais, para que baseada nelas, possamos fazer um programa específico para a área.

Muitos argumentam que as eleições estão distantes, que não há interesse. De fato, as pesquisas, como as divulgadas ontem no Rio Grande do Sul, revelam que 75 por cento dos entrevistados ainda não estão sintonizados com o tema. Acontece que para que haja mobilização maior, lá na frente, digamos depois da Copa do Mundo, é necessário agrupar as forças, questionar os caminhos, preparar o terreno para um processo decisivo nesse período de redemocratização.

As consultas mais amplas não significam que não tenhamos nenhuma idéia do que propor. Elas são paralelas aos debates com especialistas que realizamos todas as semanas. Mas é da convergência do trabalho especializado com as aspirações dos eleitores que nasce um programa prático e inteligível pelo grande público.

Acreditam alguns que programas de nada valem. De fato, a grande massa de eleitores não faz sua escolha comparando programas políticos. Quando se redige um programa, a expectativa de leitura é mínima. Mas ela oferece linhas mestras para o discurso do candidato, ele orienta o programa de televisão e, recentemente, ele passou a ser um instrumento legal para que os eleitores cobrem no futuro.

A partir de hoje, tanto no blog como no twitter, vamos estimular esta discussão que nasce e fazer dela uma referência para o trabalho. As eleições de 2010 começam, de certa forma, quando você diz o que espera delas.