Nesse momento eleitoral, a ultima coisa que se espera de um candidato é a exploração política da morte de um menino, que recebeu um tiro no peito durante uma aula de matematica no CIEP de Costa Barros.
Mas é necessário registrar nossos sentimentos e lembrar que os problemas de segurança do Rio nao foram resolvidos com a implantação de algumas UPPs na cidade. Em primeiro lugar, é preciso dizer que as UPPs estão dando certo e que o Secretário de Segurança é competente e bem intencionado.
Mas uma vez dito isto, é preciso conquistar as pessoas para que ouçam um pouco mais, que admitam que o estado tem 92 cidades e que mesmo a capital tem mais de 600 comunidades. Logo, é preciso um plano de segurança que contemple a todos, embora, por uma questão de realismo, não seria adequado propor UPPs em todos os lugares do Rio de Janeiro.
As UPPs decantadas por todos foram estabelecidas nas áreas onde o PMDB tinha a pior perfomance eleitoral, Zona Sul e Tijuca. Em Costa Barros, como mostra o jornal O Globo, já havia uma tradição de tiroteios e o próprio Wesley Rodrigues de Andrade, o menino assassinado, tinha um anseio de segurança.
Num questionário eleborado pelo Globo e respondido pelas crianças, Wesley escreveu que temia uma bala perdida. Na verdade, as balas não são perdidas. São tragicamente certeiras quando atingem o peito de uma criança. A polícia deveria saber disso pois as janelas do CIEP não foram desenhadas com a perspectiva de segurança. Uma operação bem planejada teria de levar isto em conta.
Seguranca é muito mais do que UPPs. Cada vez que digo isto, sinto que algumas pessoas se irritam pois há uma grande demanda para soluções simples para problemas complicados. É compreensível esta tendência humana. Mas às vezes ela dificulta o avanço rumo a uma verdadeira poíitica de segurança para todos os cariocas e fluminenses.
10 Comments
Olá, Gabeira.
Pois bem, sou professor de História (ainda me graduando, mas já dando aula), moro em Costa Barros, bem próximo ao CIEP.
Seu texto foi exemplar. Não vi politicagem nele, apenas uma crítica sincera aos problemas de segurança pública da cidade do Rio de Janeiro. Aplicado a uma lógica estadual, de fato, o projeto das UPP’s é inviável, concordo plenamente.
No entanto, gostaria de ressaltar que, apesar de ser um apoiador de suas idéias e um eleitor fiel do senhor, ainda tenho minhas ressalvas. Como o senhor disse, a UPP funciona, ainda que não abranja a todos. Eu tenho a vã esperança de ver uma UPP em Costa Barros (só digo isso aqui, pois é difícil que alguém da comunidade veja, porque em outro caso, estaria pondo em risco minha segurança e de minha família na comunidade). Digo isso, meu querido Gabeira, não por concordar completamente com a política de Segurança do PMDB, mas porque eu tenho a mais absoluta certeza que, mesmo um novo programa de segurança, eu não veria o que almejo ver com uma UPP aqui: a paz. E não digo isso no sentido de por fim ao tráfico ou coisa assim, mas o simples fato de não ter que passar por uma boca de fumo todos os dias para ir trabalhar ou ver homens fortemente armados andando pra cima e pra baixo na minha rua já seria um grande alívio. Não teria que me envergonhar e trazer amigos. Tenho bons amigos da Bahia que adoraria que viessem a minha casa, mas que imagem encontrarão ao chegar?
Desculpe o desabafo, Gabeira, mas isso estava há muito na minha garganta, entalado, como morador de Costa Barros, que só pra constar, é o segundo menor (não me lembro bem da estatística, mas sei que um dos piores) IDH da cidade, um bairro completamente abandonado, pelo Estado e, quem sabe, por Deus também.
Gostaria de visitar Costa Barros e ouvir das pessoas o que esperam para o bairro.
Obrigado pela sua mensagem
Caro Gabeira,
A segurança é muito mais que as UPP, mas as UPP são o primeiro passo real tomado pela segurança desde o primeiro governo Brizola muitos anos. E com resultados.
A questão é: as UPPs podem ser o modelo central de melhoria da segurança. A resposta é SIM.
As UPP devem ser transformadas em “Zonas Urbanas Pacificadas”, com presença TOTAL do Estado nos principais quesitos de habilitação da cidadania: saúde púlbica, educação e segurança. Além disso, serviços adicionais e, possivelmente, focos de emprego. Isso inclui energia, água, esgotos, posse do terreno, limites de construção e habitação.
Afinal, uma zona pacificada pode ser um ótimo local para implantar uma fábrica, mesmo que pequena.
Creio que, como candidato, é importante um comprometimento em relação a segurança que tenha, pelo menos, dois itens:
1) Manter e ampliar, geograficamente, as UPPs, viabilizando uma ocupação total do Estado pelo Estado ao longo dos anos.
2) Desenvolver e melhorar o conceito de UPP para um conceito de presença múltipla do Estado, habilitação da cidadania e valorização da região.
Concordo com todas as suas sugestoes. No entanto, acho que alguma areas podem ser pacificadas a partir de uma politica preventiva que dispense a ocupacao policial ostensiva, ou pelo menos uma relacao tao rigida entre numero de policiais e numero de habitantes. Como o cobertor ‘e curto, precisamos combinar politicas para obter o melhor resultado com os recursos que temos. Grande parte dos soldados que trabalham hoje nas UPPS foram adimitidos para trabalhar no interior. A visao da seguranca no estado implica tambem em algumas saidas intermediarias, antes que haja as condicoes para uma ocupacao total.
[…] This post was mentioned on Twitter by MARCELLO GABRIELLI, Thales Laranja, Luiz Felipe Barbalat, Alex Siqueira, Marcio Padilha and others. Marcio Padilha said: RT @gabeiracombr: Blog do Gabeira: a morte de um menino http://bit.ly/90pAsO […]
Concordo quando você diz que segurança é muito mais que UPPs. Mas, como medida de emergência, está funcionando.
O que você sugere a longo prazo?
Nos temos um programa de seguranca na pagina. Uma proposta diferente, mas nao conflitante, ‘e de ter um plano de seguranca para todo o estado. Levamos em conta o territorio no cojunto, fazemos um plano para UPPs mas tambem comecamos a trabalhar preventivamente em algumas areas. Quando falamos de um plano, queremos tambem abordar outros aspectos de uma politica de seguranca. Por exemplo, a seguranca das mulheres. Nossa policia levou oito meses para fazer um exame de urina no caso Bruno. Uma politic de seguranca deve levar em conta as informacoes sobre crimes contra mulheres e considerar aquelas que ja foram espancadas como vitimas em potencial. A seguranca em nossos sistema ferroviario nao existe. A Super via indicou a existencia de uma Cracolandia em Jacarezinho. A televisao reportou, a policia atuou. Se houvesse um trabalho permanente, antes feito por um batalhao ferroviario, talvez nao chegassemos ao ponto que chegou.
Triste por saber que há anos que morei em Costa Barros, o bairro só piorou,não proguediu em nada, e além do mais, sai do morro pensando que poderia morar em um lugar melhor, mas não satisfeito o TRAFICO TOMOU UM CONDOMINIO, ISSO O CONDOMINIO TOM JOBOM 3 , aqui somos abandonadas e ficamos a merce deles, a maioria dos funcionários recebem ordens, é MARFIA DE TUDO DO GATO NET. DAS KOMBIS, tem uma mulher moreninha lá que comanda tudo ela não faz nada p melhorar, agora esses políticos safados aperecem lá apenas dando um asfalto é isso, que “somos comprados” cade a policia eo governo p nos ajudar, pra poder-mos morar digninamente novamente? acho eu que NUNCA. lá moram BANDIDOS PESSOAS QUE NÃO PAGAM EMPOSTOS, TEM AR-SONDICIONDADO GATO NET /VELOX. MAS NAO PAGAM UMA CONTA DE LUZ CONDOMINIO ÁGUA E SEQUER A PROPRIA CASA, A CAIXA ECONOMICA FEDERAL ABANDONOU TODOS NÓS. *DESABAFO* AJUDA TEMOS QUE FICAR CALADOS PEDIMOS AJUDAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AUTORIDADES
SOU HUM EX-MORADOR DE COSTA BARROS,SOFREMOS HOJE HUMA VIOLRNCIA MAXIMA DE HERANÇA DEIXADA PELOS SEGUINTES GOVERNADORES DO RIO DE JANEIRO: GOVERNADOR FUNDADO DA TAL VIOLENCIA FOI BRIZOLA,BENEDITA ,GAROTINHO E ROSINHA GAROTINHO!
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