Num dia cheio de protestos e greves, trabalhei sem descanso, logo ainda não tenho uma visão completa do 11 de julho.
As centrais sindicais saíram às ruas, assim como o MST. Algumas apoiam Dilma, outras a rejeitam.
O que pedem os trabalhadores não pode ser atendido neste momento sem que o governo entre em parafuso.
A CUT saiu às ruas para dizer que também tem suas bandeiras. Aquela história do plebiscito era estranha. Por onde andaram os cartazes do plebiscito?
Foram poucos assim como os da defesa de médicos estrangeiros. E isto em manifestações orquestradas.
No Rio, o centro dos protestos é Cabral. Um movimento espontâneo contra ele se concentrou na porta do Palácio Guanabara.
Cabral é alvo permanente da revolta, porque além de tudo é arrogante. Depois de tudo o que houve em junho, aparece a história de seus voos de helicóptero e ele diz que fez apenas os que os outros fazem.
Um tiranete desse tipo só foi possível porque os outros poderes se apequenaram: o judiciário, o legislativo e o chamado quarto poder.
Foi através da imprensa paulista que soubemos das irregularidades de Cabral. Muitas morreram na Procuradoria que era simpática a ele.
Duas delas eram denúncias graves: suas relações com Fernando Cavendish com quem foi à Europa, o empréstimo do avião de Eike Batista e os vínculos do escritório de advocacia de sua mulher com empresas concessionárias do transporte público.
Na internet, uma senhora sugere que Cabral tem apartamento de luxo em Paris e várias contas em bancos europeus.
Perguntar a ele, seria o mesmo que perguntar a Maluf se tem contas no exterior.
Mas valeria uma pesquisa séria para esclarecer esse período da história contemporânea do Rio.
O que foram esses anos de governo Cabral? Como pode ter enriquecido tanto, a julgar pelos aspectos exteriores: mansões, apartamentos, viagens luxuosas?
O fio da meada começa a ser puxado.

