O clima de escândalo que cercou as obras da Copa parece estar se aproximando até da visita do Papa.
Foi considerada ilegal por promotores o uso de uma verba de R$ 7,8 milhões para financiar o atendimento de saúde, durante a Jornada Mundial da Juventude.
Este dinheiro deveria ser pago pela igreja mas a empresa Dream Factory que organiza o evento conseguiu repassar o encargo para a Prefeitura.
As empresas já estavam contratadas em regime privado e tiveram que se submeter a uma licitação pública formal, simplesmente reapresentando o mesmo orçamento.
Os promotores consideram esse episódio um fraude na licitação e pedem agora que o processo seja anulado.
Os grandes eventos internacionais, pela sua importância e data marcada, estimulam jogadas audaciosas dos governos. E o tempo curto oferece um bom escudo para muitas trapaças.
Dilma foi a tevê dizer que o governo federal não gastará dinheiro com a Copa.
Na semana seguinte, começaram a surgir as cifras na imprensa, uma delas de R$ 51 milhões destinados aos grandes estádios.
Os custos da Copa tiveram um grande papel nas revoltas de junho. Mas tiveram o mérito de popularizar mais ainda no Brasil a consciência de como a corrupção ajuda a atrasar o pais.

