A idéia do plebiscito válido para as eleições de 2014 morreu, oficialmente, ontem. Ela jaz ao lado da Assembléia Constituinte uma outra proposta com aparência democrática.
As duas saídas de Dilma fracassaram. O Congresso percebeu que ela jogou a responsabilidade para ele.
A recusa dessas duas propostas não significam que Constituinte e Plebescito não sejam importantes instrumentos da democracia direta.
Na Islândia uma Constituinte, não parcial como a de Dilma, acabou sendo a saída para crise do pais.
Mas aqui o apelo é claro por melhores serviços públicos, gastos racionais do governo, recusa da corrupção e das mordomias dos políticos.
O fracasso dessas ideias, usadas como cortina de fumaça, não impede ao governo atual e ao próximo reconhecer a realidade da revolução digital. E encontrar caminhos de integração da inteligência coletiva na definição dos rumos do pais. Conectar-se não é uma solução mágica. É preciso corrigir os erros que estão atrasando o Brasil.
Um deles é fixar-se no Mercosul, abandonando as inúmeras outras oportunidades.
Historicamente, os povos latinos sempre estiveram de costas para os vizinhos, pois isto foi uma obra do próprio colonialismo.
Reaproximá-los é bom. Limitar-se a isso é que o problema. O Mercosul, por exemplo, tem um pais suspenso, o Paraguai, e um novo presidente, a Venezuela, que anda mal das pernas com o declínio do chavismo.
Acabaram-se os truques dos marqueteiros, vamos ver se agora é possível Dilma cair na real.

