De novo, graça à imprensa paulista, ficamos sabendo das aventuras do governador do Rio, Sérgio Cabral.
O estado tem sete helicópteros e um deles é usado por Cabral e sua família para os fins de semana em Mangaratiba, onde tem mansão.
Os voos de Cabral, família, babás e o cachorro Juquinha são feitos quase todos os fins de semana, chova ou faça sol.
Cada viagem de Cabral custa R$36 mil por fim de semana. A matéria, sem citar nomes, afirma que os pilotos ficam revoltados com sua tarefa.
Numa das vezes, o helicóptero oficial saiu de Mangaratiba para o Rio, apenas para buscar um vestido que a mulher de Cabral esqueceu.
Há também noticias sobre os voos especialmente feitos para trazer as babás.
Esta mansão de Mangaratiba foi declarada na época da campanha como algo que vale R$200 mil .
Protestei oficialmente porque para mim vale alguns milhões. O TRE simplesmente ignorou e Cabral entrou com uma queixa contra mim por “má fé”.
Quando denunciei a amizade de Cabral e o dono da Delta, Fernando Cavendish, que se preparavam para a reforma do Maracanã, o TRE tirou meu programa do ar e aplicou multa como punição.
O TRE sempre foi um espaço em que Cabral manobrava com tranquilidade. A imprensa carioca, sobretudo o Globo, sempre evitou falar das denúncias, exceto quando já não pode mais escondê-las diante das manchetes de outros órgãos nacionais.
Os deputados estão de licença e como sempre apenas Luis Paulo Correa e Marcelo Freixo se manifestaram.
Cabral influencia o TRE, tem a Assembléia na mão e é muito amigo da Globo e seus donos.
Os quatro poderes estão enfeixados no bolso desse tiranete arrogante. Se não estivessem, aquelas viagens internacionais já teriam sido denunciadas.
São dezenas e a um preço altíssimo. Dizem que Cabral tem imóveis em Paris e amealhou uma grande fortuna.
Sinceramente não tenho elementos sobre isso, mas valeria uma investigação séria. Na internet, há denúncias de que o governador tem um apartamento numa das avenidas mais caras de Paris.
O que sei e sempre repito é isto: o termo que era usado para designar a elite do Haiti, serve também para designar alguns setores da elite fluminense, à frente deles, Sérgio Cabral: moralmente repugnantes.
Não encontrei nada melhor na cultura internacional para classificar bandidos no poder e seus cúmplices na sociedade.

